![](http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2018/04/012_notas_grafeno_266-300x260.jpg)
Kelly Tasso de Paula / IFSC-USP
Microssensor esculpido em filme de grafeno ácido polilático usado em sistema de detecção de saboresKelly Tasso de Paula / IFSC-USPFísicos de São Carlos e de Campinas, no interior de São Paulo, desenvolveram uma técnica de alta precisão para fabricar microssensores que integram o sistema de detecção de sabores das chamadas línguas eletrônicas. Esse sistema é formado por sensores microscópicos que identificam diferenças nas propriedades elétricas de soluções aquosas. O novo método de produção de microssensores usa pulsos ultracurtos de laser para recortar filmes muito finos de um polímero à base de grafeno depositado sobre uma superfície de vidro. Com duração de frações de segundo, esse tipo de laser permite controlar melhor a quantidade de energia que atinge o filme, possibilitando realizar cortes e perfurações mais precisos. Nos experimentos, o grupo do físico Cleber Mendonça, professor da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, usou o laser para esculpir microssensores em filmes de grafeno ácido polilático, um polímero biodegradável e bioabsorvente. “Uma das vantagens da técnica é poder processar sensores com geometrias complexas em diversas atmosferas, sem a necessidade de salas limpas ou máscaras”, explica a física Kelly Tasso de Paula, aluna de doutorado de Mendonça e primeira autora do estudo. Em testes iniciais, o microssensor distinguiu água pura de soluções contendo açúcar, sal de cozinha e ácido clorídrico (Optics and Laser Technology, maio).
Republicar