Uma campanha de observações envolvendo telescópios terrestres ao redor do mundo e também espaciais, como o Hubble e o Spitzer, da agência espacial norte-americana, a Nasa, confirmou a presença de sete exoplanetas em órbita da estrela Trappist-1, a 40 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Aquário. Coordenada pelo astrônomo Michael Gillon, da Universidade de Liege, na Bélgica, a iniciativa é a primeira a observar esse número de planetas extrassolares ao redor de uma única estrela, todos com massa e tamanho semelhantes aos da Terra (Nature, 22 de fevereiro). Os exoplanetas foram nomeados apenas por letras em ordem alfabética, conforme sua distância da estrela: b, c, d, e, f, g e h. Observando variações no brilho da Trappist-1, os pesquisadores conseguiram determinar a distância de cada exoplaneta da estrela e o período de rotação ao redor dela. Também estimaram o tamanho e a massa de todos, exceto do exoplaneta h. Os novos mundos estão mais perto de sua estrela do que a distância entre Mercúrio e o Sol. Como a pequena Trappist-1 é cerca de mil vezes menos brilhante que o Sol, existe a possibilidade de que os exoplanetas tenham água líquida em suas superfícies rochosas, especialmente nos mundos c, d e e. Os astrônomos esperam que o telescópio espacial James Webb, a ser lançado pela Nasa em 2018, seja capaz de detectar a luz das atmosferas desses exoplanetas e deduzir sua composição química.
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