Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) poderá derrubar os índices de morte por infecção hospitalar em todo o país. A equipe do professor Diógenes Santiago Santos, do Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia, conseguiu desenvolver um soro capaz de combater 80% das bactérias resistentes aos antimicrobianos em hospitais. “O soro é uma alternativa aos antibióticos”, garante ele. “E, o que é melhor, é preventivo e curativo.” O medicamento é gênico, isto é, feito a partir de um gene da bactéria Staphylococcus aureus. O gene foi modificado e inoculado em cavalos. O resultado foi um medicamento extremamente eficaz porque preveniu e curou camundongos infectados experimentalmente com cepas de S.aureus e Enterococcus faecium.
“O Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) vai elaborar o protocolo para os testes com seres humanos e checar se os resultados são os mesmos”, diz Santos. Se tudo der certo, o Instituto Butantã deverá produzir o soro que será distribuído para a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda no primeiro semestre de 2001. O trabalho levou cinco anos e custou R$ 1,2 milhão, financiados pelo Ministério da Saúde, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
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