Os pesquisadores brasileiros tiveram uma satisfação rara no dia 1º de maio. O caderno de Ciência de The New York Times, o jornal de maior prestígio e influência em todo o mundo, tinha estampada em sua capa um artigo do correspondente Larry Rohter louvando a ciência feita no Brasil. Na reportagem, o jornalista afirma que a FAPESP criou um modelo de pesquisa para os países em desenvolvimento e o Brasil tem, pelo menos em genômica, um eficiente sistema de apoio à investigação científica voltado para as necessidades do país.
“Os brasileiros estão fazendo ciência da melhor qualidade, comparável aos melhores trabalhos dos maiores centros de seqüenciamento nos Estados Unidos e na Europa”, disse ao jornal Claire Fraser, presidente do Instituto de Pesquisa Genômica em Rockville (TIGR), nos EUA. Rohter lembra que a revistaNature já havia chamado as realizações na área de genômica como “uma conquista não só científica como política”.
O Times afirma que o sucesso da FAPESP “é apenas um dos vários sinais de avanço da pesquisa brasileira, na qual tanto o Ministério da Ciência e Tecnologia como o setor privado começaram a investir”. Rohter cita como exemplo a clonagem da bezerra Vitória, em março deste ano, um trabalho importante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e os programas aeronáuticos que levaram à formação da Embraer, a quarta maior produtora de aviões no mundo. (Veja a reportagem completa em português em http://watson.fapesp.br/imprensa/24brasil.htm).
Além de The New York Times, uma outra publicação internacional se interessou pela ciência brasileira. A Agricultural Research (edição de abril), revista de divulgação científica do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, trouxe artigo com o título Criando uma Rede Global para a Ciência Agrícola. A publicação salienta o acordo entre a FAPESP e o Agricultural Research Service para os brasileiros seqüenciarem uma cepa da bactéria Xylella fastidiosa que ataca as videiras da Califórnia.
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