A maioria das universidades de pesquisa de países da União Europeia vem descumprindo uma norma estabelecida pelo bloco em 2014, que determina a divulgação de resultados de ensaios clínicos até 12 meses após sua conclusão. Um levantamento divulgado em abril mostrou que foram difundidos como deveriam apenas 17% dos 940 ensaios registrados por 30 grandes universidades de pesquisa europeias. O cumprimento da regra foi maior nas três universidades do Reino Unido analisadas: 93% dos resultados de ensaios feitos pela Universidade de Oxford e o King’s College London e 81% dos do University College London foram apresentados. Já a Universidade Médica de Viena deu publicidade aos achados de apenas 7% dos 188 ensaios de que participou. A Áustria, de todo modo, saiu-se melhor do que França, Itália, Suécia e Noruega. As sete universidades desses países avaliadas no estudo não divulgaram os resultados de seus ensaios. “As grandes universidades da Europa não estão se esforçando para cumprir suas obrigações éticas, científicas e regulatórias”, diz o autor do levantamento, o cientista político Till Bruckner, que coordena o TranspariMED, grupo do Reino Unido que promove campanhas para ampliar a transparência na pesquisa médica.
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