Um tom apocalíptico acompanha a maioria dos livros sobre mudanças climáticas. Saiu uma exceção, Quanto mais quente melhor? Desafiando a sociedade civil a entender as mudanças climáticas, organizado por Carlos Klink e publicado em parceria pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil e pela Editora Petrópolis. Nem fácil demais, nem difícil demais, pode ser útil para quem já se perdeu em meio a tanta informação e precisa rever os conceitos sobre Protocolo de Kyoto, IPCC, mercado de carbono, mecanismo de desenvolvimento limpo e até mesmo para quem não lembra mais o que é a fotossíntese ou o ciclo do carbono nas plantas. Um dos capítulos conta como e por que a prefeitura de Palmas, capital do Tocantins, reduziu 10% do consumo de energia elétrica, economizando R$ 700 mil por ano, entre outras medidas, para diminuir os impactos da emissão de gases que favorecem o aquecimento do planeta. Chega-se ao final do livro com a conclusão de que as mudanças climáticas há muito deixaram de ser um assunto estritamente científico e, melhor ainda, que o mundo não precisa terminar necessariamente em chamas.
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