O projeto de implantação do Sistema de Parques Tecnológicos do Estado de São Paulo já está concluído. Patrocinado pela Secretaria do Desenvolvimento e implementado no âmbito de um programa especial da FAPESP, o projeto prevê a instalação de parques tecnológicos em sete cidades: São Paulo, Campinas, São José dos Campos, Piracicaba, São Carlos, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. “Os parques tecnológicos vão contribuir para a transformação de conhecimento em riqueza. O estado de São Paulo, por sua diversidade de produção científica e tecnológica e por seu vigor empresarial, está pronto para receber um sistema como esse”, justificou o diretor do Instituto de Estudos Avançados, João Steiner, que ao longo de dois anos e meio coordenou o projeto.
O sistema paulista foi concebido de forma a articular os setores público e privado e as instituições de pesquisa. “Cada um desses atores terá papel bem definido”, explicou Steiner durante seminário de apresentação das conclusões do projeto, em 10 de dezembro, no auditório da FAPESP, do qual participou o secretário de Desenvolvimento e vice-governador, Alberto Goldman. O poder público vai atuar como orientador e indutor de políticas e como provedor de equipamentos; as instituições de pesquisa serão responsáveis pela formação de recursos humanos e pela geração de novos conhecimentos; e o setor privado participará com investimentos e com a implementação de novos negócios.
A expectativa, de acordo com Steiner, é ampliar os investimentos de empresas em pesquisa e desenvolvimento e estimular o número de registros de patentes. “Os parques serão, ainda, ambientes de sustentabilidade ambiental e devem servir de paradigma para o padrão de vida do século XXI”, sublinha Steiner.
Os parques de São José dos Campos, com foco na indústria aeronáutica, e de São Carlos, que se especializará nas áreas de óptica, materiais e instrumentação, já estão em estágio avançado: os “núcleos” instalados e as entidades gestoras constituídas. A Vale (ex-Companhia Vale do Rio Doce), por exemplo, está instalando no pólo de São José dos Campos um centro de pesquisa dedicado à energia, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Energia (CDTE), em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os demais começaram a articular parcerias e detalhar os projetos: os parques de Piracicaba, voltado para a produção do etanol; de Ribeirão Preto, direcionado à saúde; de Campinas, focado na tecnologia de comunicação e informação; e o de São José do Rio Preto, que deverá especializar-se na área de biotecnologia. O empreendimento mais atrasado é o de São Paulo, que poderá ter como bandeira os serviços intensivos de conhecimento.
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