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FARMACOLOGIA

Um reforço contra a raiva

Células em cultura (verde) infectadas com o vírus da raiva (vermelho)

Niaid / Wikimedia commons

Pesquisadores da Universidade de São Paulo, da empresa brasileira Orygen e da norte-americana Oncovir avaliaram os possíveis efeitos do Poly ICLC Hiltonol, medicamento sintético já usado experimentalmente como adjuvante contra câncer por estimular o sistema imune. Após a aplicação de uma solução com Lyssavirus, a principal variedade causadora da raiva, nove camundongos receberam placebo e nove uma forma modificada do composto. Todos os animais do grupo de controle morreram até o 14º dia após a aplicação. A primeira morte no outro grupo ocorreu no 12º dia e a última no 19º; todos morreram, embora com uma sobrevida maior, indicando a possibilidade de uso de dosagens maiores que a do experimento (5 microgramas por dia). Transmitida por cães, gatos e animais silvestres contaminados e tratada com vacina ou soro antirrábico, a raiva causa cerca de 60 mil mortes por ano em 150 países, a maioria na África e Ásia. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou cinco mortes em 2022 e duas até maio deste ano. Em agosto, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) relataram ter encontrado em morcegos, no Ceará, variantes do vírus da raiva de saguis-de-tufo-branco (Callithrix jacchus), indicando a possibilidade de transmissão entre os animais (bioRxiv, 20 de setembro; Journal of Medical Virology, 22 de agosto; Agência FAPESP, 21 de setembro).

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