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Saúde

Uma em cada cinco gestantes tem uma IST

A taxa de infecções sexualmente transmissíveis (IST) é alta entre as gestantes brasileiras, segundo estudo liderado pela infectologista Angélica Espinosa Miranda, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e pela farmacêutica Pâmela Cristina Gaspar, coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde. Ao analisar testes feitos em 2.728 mulheres de diferentes regiões que estavam grávidas em 2022, elas constataram que uma em cada cinco (21%) estava infectada com ao menos um dos quatro patógenos causadores frequentes de IST: as bactérias Chlamydia trachomatis, causadora de infecção urinária; Neisseria gonorrhoeae, de gonorreia; e Mycoplasma genitalium e o protozoário Trichomonas vaginalis, ambos responsáveis por infecções nos órgãos genitais e urinários. A prevalência de IST foi mais elevada (23,3%) na região Sudeste e mais baixa (15,4%) no Centro-Oeste. A infecção mais frequente foi por Chlamydia, apresentada por 9,9% das mulheres. Ser jovem (entre 15 e 24 anos), ter renda familiar de até US$ 400 (equivalente a R$ 2 mil) e ter tido mais de um parceiro ao longo da vida foram fatores que duplicaram o risco de ter uma dessas IST. Tratáveis e curáveis, essas infecções aumentam o risco de o bebê nascer com baixo peso e até de ocorrer aborto espontâneo (International Journal of Gynecology & Obstetrics, 29 de fevereiro).

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