Tradicional praticante de um modelo que privilegia a estabilidade à competição, o Japão decidiu estimular a luta pela sobrevivência no mundo acadêmico (Nature, 10 de outubro). Ao fim de uma disputa acirrada, 113 das 464 equipes formadas por cerca de 10 mil professores de todas as universidades foram guindadas à condição de centros de excelência, com direito a verbas para pesquisa do Ministério da Educação.
Cada um desses centros – distribuídos nas áreas de biologia, química e materiais, tecnologia da informação e eletrônica, humanidades e estudos interdisciplinares – receberá um total de US$ 800 mil a US$ 4 milhões por ano para tocar projetos em suas universidades. A cada cinco anos, esses valores serão renovados, mas os centros reprovados nas revisões bienais serão fechados.
Os grupos vencedores concentram-se em apenas 50 das 163 universidades públicas ou privadas do país; 49 deles ficaram nas mãos das sete antigas universidades imperiais; e as universidades de Tóquio e Kioto foram as mais premiadas, com 11 centros cada uma. Não faltam, é verdade, críticas quanto aos critérios de seleção. Mas a comunidade científica acredita que a competição fará bem à ciência japonesa.
Republicar