genilton vieira / fiocruzNo Brasil, doenças provocadas por picadas de insetos são frequentes, o que torna importante a execução de medidas profiláticas de forma adequada, sobretudo em áreas endêmicas como a Amazônia, que recebe um grande contingente de visitantes, a trabalho ou turismo (na foto mosquito do gênero Anopheles). O objetivo do estudo “Avaliação do uso de repelentes contra picada de mosquitos em militares na bacia Amazônica”, de Jonas Ribas, da Universidade Federal do Amazonas, e Ana Maria Carreño, médica do Comando Aéreo Regional da Força Aérea Brasileira, foi avaliar o uso dos repelentes de insetos disponíveis no mercado por militares que realizam missões na selva. Foram selecionados 51 militares da região amazônica que responderam um questionário em junho/2008. Os resultados mostraram que 63,7% deles usaram produtos contendo Deet (composto químico que serve como repelente de insetos) na concentração máxima de apenas 15%, que possui mínima ação de repelência; 36% relataram usar protetor solar associado; 36,4% fizeram uso de um repelente natural em suas missões; dois militares usaram vitamina B e consideraram a sua ação de repelência ineficaz. Os repelentes à base de Deet utilizados pelo grupo estudado apresentam concentrações inferiores às consideradas seguras para uso em ambiente de selva. Foi frequente a associação do Deet com protetor solar, uma combinação potencialmente tóxica. Os repelentes naturais à base de andiroba e copaíba apresentaram o maior grau de percepção de proteção.
Anais Brasileiros de Dermatologia – vol. 85 – nº 1 –Rio de Janeiro – jan./fev. 2010
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