Na virada do ano, deve começar a funcionar em caráter experimental o novo sistema global de navegação criado pela União Europeia. Com o sucesso do lançamento de quatro satélites a bordo de um foguete Ariane no dia 17 de novembro, o sistema Galileo alcançou a marca de 18 satélites em órbita. Em 2020, quando estiver em fase operacional, deverá contar com uma constelação de 30 satélites – são necessários 24, mas haverá outros seis extras para dar mais segurança. Construídos por um consórcio anglo-germânico, os 18 satélites atuais são suficientes para que o sistema comece a ser testado. Nas próximas semanas, smartphones de geração recente e outros equipamentos devem começar a captar os sinais do sistema, utilizando-os para atualizar sua posição e sincronizar informações. “Do ponto de vista técnico, estamos prontos e a performance do sistema é muito boa”, disse à BBC Paul Verhoef, diretor de programas de navegação da Agência Espacial Europeia. A promessa é garantir o posicionamento em tempo real numa escala de precisão menor do que 1 metro – a acurácia do sistema norte-americano GPS é próxima de 8 metros. O Galileo foi idealizado no início dos anos 2000 e desde então conviveu com críticas relacionadas ao seu alto custo, estimado em € 5 bilhões, e à real necessidade de a Europa ter um sistema de posicionamento próprio. Ao contrário do GPS e do Glonass russo, que têm administração militar, o Galileo é um programa civil. Os satélites estão instalados em planos orbitais a 23 mil metros da superfície.
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