Uma companhia japonesa de seqüenciamento de genes desenvolveu um modelo de negócio no qual investidores poderão com- prar apenas algumas partes de um genoma já mapeado. Segundo relata a revista Nature (edição de 21/28 de dezembro de 2000), a idéia partiu de Takara Shuzo, que pretende transformar uma de suas empresas, a Dragon Genomics, na maior companhia desse tipo da Ásia. Shuzo concluiu que o crescimento do número de projetos requer novos caminhos de financiamento, que não sejam os governamentais ou aqueles bancados apenas por uma companhia privada. O modelo de investimento para a Dragon foi planejado para atrair investidores que estão interesssados em projetos privados.
Hoje há planos para seqüenciar o genoma do chimpanzé, bicho-da-seda, atum e da baleia tanto quanto de espécies de algas e cogumelos com valor medicinal. Alguns desses projetos deverão se tornar realidade a partir deste ano e os lucros resultantes do trabalho serão repartidos entre os investidores. Outras empresas, como a de jogos de computador Konami, já usaram esse modelo de negócio baseado em financiamento de projetos individuais.
Mas Takara Shuzo acredita que a Dragon será a primeira companhia a fazer isso na área de biotecnologia. Ele terá de criar uma companhia à parte para operar na distribuição de informações e dividendos para os investidores, que poderão acompanhar o seqüenciamento, as patentes e os acordos de licenciamento em um site na Internet. As operações da Dragon começam neste primeiro semestre.
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