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Boas práticas

Verificação de dados

As dificuldades para verificar o rigor estatístico em artigos de revistas médicas

O farmacêutico Michal Ordak, pesquisador da Universidade Médica de Varsóvia, na Polônia, entrevistou 141 editores de revistas médicas e biomédicas de vários países sobre o rigor da análise estatística dos artigos científicos que elas publicam. De acordo com os resultados da sondagem, divulgados no Polish Archives of Internal Medicine, quase metade (48,9%) dos respondentes declarou que as publicações para as quais trabalham dispõem de um editor estatístico – enquanto a outra metade (51,2%) informou que não há esse posto no organograma de seus periódicos. Um total de 54,6% dos entrevistados disse contar com especialista em estatística no processo de avaliação por pares e 45,4% não. Entre os que utilizam revisores em estatística, 89,6% relataram dificuldades em recrutar os profissionais com experiência adequada no assunto.

Quase um terço dos editores afirmou rejeitar entre 11% e 30% dos manuscritos após fazer algum tipo de verificação estatística, enquanto para um quarto o percentual de rejeição por esse motivo atinge entre 1% e 10% dos trabalhos submetidos – 23,4% não souberam responder. Entre as ações que gostariam de ver implementadas para melhorar a qualidade da análise estatística de seus periódicos, 91% destacaram a possibilidade de que membros do conselho editorial de suas revistas participem de encontros e conferências em que esse tipo de trabalho seja discutido, enquanto 89% disseram sentir falta de diretrizes uniformizadas em análise estatística para revistas biomédicas. Os editores entrevistados eram afiliados à Associação Mundial de Editores Médicos.

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