O vidro transparente moído mostrou em testes ter bom potencial como meio filtrante para remoção de agrotóxicos diluídos em água. No ensaio conduzido pelos pesquisadores Odilio Assis e Delia Vieira, da Embrapa Instrumentação Agropecuária, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em São Carlos, no interior paulista, eles testaram o herbicida atrazina, escolhido por ser um composto tóxico bastante empregado no Brasil. Quando há uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras, eles se espalham pelo solo e águas subterrâneas, podendo atingir lençóis freáticos que correm para mananciais superficiais utilizados para consumo humano e animal. A remoção desses resíduos não é muito simples, pelo tamanho diminuto das suas moléculas, que se associam facilmente à água. A utilização de garrafas e vasilhames transparentes fragmentados e moídos até partículas com tamanhos inferiores a 1 milímetro mostrou em testes de laboratório, realizados em colunas de filtragem, que eles são de fácil manuseio para remoção de contaminantes em baixas concentrações na água.
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