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ENTOMOLOGIA

Viscosidade do ar atrapalha o voo de insetos pequenos

Gregg DarlingEsta libélula voa com menos esforço do que insetos menoresGregg Darling

A maioria dos insetos tem asas e voa. Mas as alterações anatômicas e os mecanismos envolvidos nessa forma de movimentação alada são diferentes em razão do tamanho de cada espécie. Os chamados insetos-miniaturas, com comprimento de asa entre 0,3 e 4 milímetros (mm), contam com adaptações particulares para vencer a viscosidade do ar. Essa propriedade, que representa a resistência de um fluido (líquido ou gás) a mudanças em sua forma, não afeta muito a dinâmica de voo de insetos maiores, como moscas, abelhas, mariposas e libélulas, cujo comprimento de asas varia entre 5 e 50 mm. Mas em espécies diminutas, como a vespa Encarsia formosa e o besouro voador Paratuposa placentis, é um obstáculo considerável a ser vencido para a locomoção aérea. “Um inseto-miniatura se move no ar como uma abelha se movimentaria no interior do óleo mineral”, compara Mao Sun, da Universidade Beihang, de Beijing, na China, autor do estudo. As adaptações aerodinâmicas dos insetos menores, ainda pouco estudadas, incluem desde a natureza de sua batida de asas até a própria estrutura desses membros. Algumas espécies contam com asas porosas ou com cerdas para facilitar o voo (Reviews of Modern Physics, 12 de dezembro).

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