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Mundo

Os benefícios de um longo abraço

O segredo da longevidade e da boa saúde pode estar em algo que vem naturalmente às mães de todo o mundo, mas que geralmente os filhos renegam: um caloroso abraço. Ser acolhido entre os braços de outra pessoa reduz a quantidade de dois hormônios do estresse, o cortisol e a norepinefrina, e aumenta a de oxitocina, o hormônio associado ao amor maternal, concluiu a psiquiatra Karen Grewen, da Universidade de Carolina do Norte, Estados Unidos. Participaram desse estudo 28 casais, dos quais foram medidos a pressão sangüínea e os níveis de oxitocina e cortisol antes e depois de conversarem sobre momentos felizes que viveram juntos, de assistirem a cinco minutos de um filme romântico e de se abraçarem por 20 segundos. Esses achados, publicados na Psychosomatic Medicine, ajudam a explicar por que as pessoas casadas geralmente têm uma vida mais saudável que as solteiras. Outros estudos já haviam sugerido que o divórcio, a perda dos pais ou do parceiro e o isolamento social prejudicam a saúde, mas só agora se consegue explicar os efeitos benéficos do casamento: o toque dispara a produção de oxitocina, que acalma e alivia o estresse e, por sua vez, alimenta o desejo de tocar e ser tocado. Mas a qualidade do contato é crucial. Abraços com tapas fortes realizados sob holofotes, como os vistos entre os políticos de Brasília, não valem; para alimentar o bem-estar, têm de expressar carinho e apoio.

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