Tem forma, barbatana e rabo de peixe, mas não é peixe. É um robô com inteligência artificial que imita o corpo do animal aquático para detectar e identificar poluentes no mar, como a presença de cobre ou chumbo, e envia as informações em tempo real para um laboratório na costa. O peixe-robô tem pequenos sensores para detectar as fontes e o nível de poluição e pode se comunicar por ultrassom com seus congêneres e por meio de um sistema wi-fi com a central no porto. O sentinela biônico das águas foi concebido pela equipe do professor Huosheng Hu, da Universidade de Essex, na Inglaterra, e seu projeto de pesquisa e inovação é coordenado pelo britânico BMT Group. Segundo a empresa, o robô tem a capacidade de navegar de forma autônoma e mapear toda a área percorrida. Mede 1,5 metro de comprimento e pode nadar a uma velocidade máxima de um metro por segundo tanto na superfície como debaixo da água. Suas baterias precisam ser reabastecidas depois de oito horas. Mas, para isso, não é preciso resgatar o dispositivo das águas. Quando a energia está baixa, ele retorna automaticamente à base de recarregamento. O projeto do peixe-robô, que leva o nome de Shoal, conta também com a participação do Instituto Nacional Tyndall, da Irlanda, e da Universidade de Strathclyde, da Escócia, além da Agência Portuária de Gijon, na Espanha, onde os primeiros exemplares do dispositivo foram testados. O custo de cada equipamento está estimado em US$ 32 mil. No futuro, o peixe-robô poderá ser usado também em operações de resgate a embarcações e a mergulhadores.
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