Por meio de escavação iniciada em novembro do ano passado no sítio arqueológico Lagoa da Velha, no município de Morro do Chapéu, na Bahia, arqueólogos e antropólogos esperam entender melhor como viviam os habitantes daquela região há milhares de anos. As escavações integram um programa de pesquisa e manejo de sítios de arte rupestre da Chapada Diamantina, realizado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural em parceria com o Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia. Originária de bacia sedimentar, com 1,6 bilhão de anos, a Chapada Diamantina é uma das mais ricas regiões do Brasil em cavernas, pinturas rupestres e fósseis animais e vegetais. Na primeira etapa do projeto, os pesquisadores mapearam 67 sítios de pinturas rupestres, onde encontraram objetos lascados que podem dar novas pistas sobre os hábitos dos povos antigos daquela região. A segunda etapa, lançada em julho do ano passado, prevê, além das escavações, a identificação e o estudo das pinturas e gravuras rupestres encontradas. O sítio de Lagoa da Velha faz parte da mesma formação geológica que abriga a serra das Paridas, em Lençóis, onde os pesquisadores já haviam encontrado pinturas rupestres de animais, vegetais, formas geométricas e humanas, feitas com pigmentos vermelhos e amarelos.
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