Achados inéditos marcam o estudo do composto químico tungstato de prata – material semicondutor, com potenciais aplicações em fibras ópticas, fotocatálise (acelerar uma reação com luz) e sensores – por parte do grupo do professor Elson Longo, no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP). Depois de observar no composto, em 2013, o crescimento espontâneo de bastões de prata que poderão ter uso como bactericida e fungicida (ver Pesquisa FAPESP nº 212), a equipe do pesquisador descobriu que, em torno dos bastões, circula uma nuvem de partículas nanométricas de prata (Scientific Reports, 16 de março). “É uma novidade na literatura científica”, diz Longo. “A nuvem surge quando feixes do microscópio de emissão de elétrons incidem sobre os bastões. O trabalho melhora a compreensão do fenômeno de interação entre o elétron e o tungstato de prata.” As nanopartículas da nuvem têm tamanho entre 1,5 e 2 nanômetros e se juntam uma a uma como se fossem pingos de água para formar gotas cada vez maiores. Ao final do processo mais prata metálica se deposita sobre o tungstato. Longo é coordenador do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP.
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Uma inesperada nuvem de prata
Entrevista: Elson Longo
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