A distribuição das turbinas nos parques eólicos afeta a produção de energia. O alinhamento perfeito de aerogeradores ao longo da direção predominante do vento pode reduzir em até 50% a produção de parte das turbinas. Ao captar o vento e convertê-lo em energia elétrica, os primeiros aerogeradores da fila reduzem o fluxo de ar que chega aos seguintes, que, por sua vez, geram menos eletricidade. Conhecido como efeito esteira, esse fenômeno pode se distribuir pelo parque eólico todo nos casos em que há várias fileiras de geradores. Em busca de formas de reduzir esse efeito, o engenheiro mecânico Juliaan Bossuyt, da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, e colaboradores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, criaram no interior de um túnel de vento um parque eólico com 100 turbinas em miniatura e testaram 56 configurações distintas (Physical Review Fluids, 5 de dezembro de 2018). Eles verificaram que o espaçamento irregular das turbinas poderia otimizar a produção de energia. Na configuração ideal, os aerogeradores foram dispostos aos pares e ligeiramente desalinhados, com espaçamentos maiores entre cada par de turbina. O Brasil é o oitavo maior produtor de eletricidade a partir da energia eólica, gerando o equivalente a 2% da produção mundial. Há no país 7.186 empreendimentos nessa área (ver Pesquisa FAPESP nº 275).
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