DANIEL BUENOCada portador de celular com sistema Android poderá contribuir para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, ajudando a prospectar novos medicamentos ou identificando novas estrelas. O aplicativo que permite entrar nesse tipo de voluntariado digital, por meio do processamento de dados das pesquisas no tempo ocioso do aparelho, foi criado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, como parte do projeto Berkeley Open Infrastructure for Network Computing (Boinc). Mais de 1 bilhão de celulares usam o sistema Android no mundo e a capacidade total de processamento dos telefones supera a dos supercomputadores convencionais. O usuário que quiser participar pode baixar o programa com o nome de Boinc na Google Play Store do próprio aparelho. Depois pode escolher o projeto de pesquisa científica com o qual quer colaborar. O Boinc processa informações apenas quando o aparelho está conectado à rede elétrica para recarga, o que não gasta bateria, e só transfere dados por meio do sistema wi-fi, sem usar o plano de telefonia celular. O aplicativo foi financiado pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, pelo Google e pela Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.
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