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Brasil

Chumbo no solo e no ar

A mineradora Plumbum ainda é lembrada, 11 anos depois de ter sido fechada. Quase cem famílias da zona rural de Adrianópolis, no Paraná, vivem em terras contaminadas pelo chumbo extraído na região durante cinco décadas pela empresa, e cerca de 60% dos adultos e das crianças apresentam teores de chumbo no sangue mais elevados que o aceitável, segundo o geólogo Bernardino Ribeiro de Figueiredo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Partículas de chumbo eliminadas para o ar pela Plumbum contaminaram o solo num raio de 2 quilômetros da sede da empresa, onde as escórias de minério se acumulam a céu aberto. Verduras e legumes plantados nesses solos, além da poeira das casas, contêm quantidades elevadas de chumbo. “Orientamos a população a ser cautelosa quanto ao consumo de alimentos de suas hortas e lavar o interior das casas para eliminar a poeira que vem das ruas”, diz Figueiredo, coordenador dos recém-publicados Atlas geoquímico do Vale do Ribeira e Atlas geoambiental da bacia do rio Ribeira de Iguape.

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