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Tecnociência

A nova caverna digital

Universidade de Illinois em Chicago

Cave 2: pesquisadores analisam a vascularização de um cérebro humanoUniversidade de Illinois em Chicago

Um sistema de realidade virtual em grande escala chamado Cave 2 (Cave automatic virtual environment, ou caverna digital) foi finalizado pela Universidade de Illinois em Chicago, nos Estados Unidos. Ele poderá, entre outros benefícios, revolucionar a prevenção e o tratamento de acidente vascular cerebral (AVC). Nesse ambiente virtual é possível ver nos mínimos detalhes o cérebro e o seu fluxo sanguíneo, com artérias, veias e microvasos. O modelo do cérebro, criado como uma representação tridimensional, é fruto de um trabalho feito ao longo de anos pelos pesquisadores a partir de imagens obtidas de pacientes em tratamento e interpretadas por algoritmos de computadores. Um modelo de um paciente em estudo foi colocado no Cave 2 e em poucos minutos a equipe médica descobriu que tinha ligado artérias de forma que não correspondia à anatomia, o que permitiu a sua correção imediata. Quem entra na caverna com paredes de 7,5 metros de diâmetro e 2,5 metros de altura tem uma visão panorâmica das imagens em 320 graus. O sistema – constituído por 72 telas LCD, 20 alto-falantes e 36 computadores – foi projetado para permitir aos pesquisadores estudar em detalhes fenômenos muito grandes ou pequenos, perigosos, complexos, ou mesmo muito distantes. Dentro da caverna eles podem adotar diversas escalas em relação ao modelo visual, para que se sintam maiores em relação a um edifício de seis andares ou menores em comparação a uma molécula, por exemplo. O Cave 2, que poderá ser usado para estudar fenômenos climáticos e outras aplicações, foi desenvolvido com financiamento da National Science Foundation (NSF).

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