Hoje uma poeira fina e brilhante cobre a superfície marciana, espalhada por ventos constantes, mas já houve água por lá, embora nem sempre abundante, de acordo com seis artigos de pesquisadores da Nasa publicados na Nature. Outra novidade é que a cratera Gusev, onde pousou o jipe-robô Spirit, nunca foi um imenso lago, como se pensava. Abaixo da poeira o solo é escuro, de origem vulcânica, e as rochas contêm óxido de ferro e enxofre, incorporados em um processo que necessita de pouca água, segundo a equipe da Nasa, da qual participa o físico brasileiro Paulo de Souza Júnior, da empresa de mineração Vale do Rio Doce. Do outro lado do planeta, os dados do jipe Opportunity indicam que o Meridiani Planum já foi um mar: ali há hematita, mineral que só se forma com água. Os jipes também seguiram a órbita das duas luas marcianas: Deimos, que está se afastando de Marte, e Phobos, que deve se chocar com Marte em 40 milhões de anos.
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