Uma comissão do Congresso dos Estados Unidos censurou os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), principal pólo público de pesquisa médica do país, por tolerar a permanência de cientistas flagrados em situações antiéticas. Uma investigação descobriu que 44 pesquisadores do NIH prestaram consultoria ao setor privado sem pedir autorização aos superiores, o que é proibido. Alguns foram demitidos, mas dois seguem na ativa. Thomas Walsh, do Instituto Nacional do Câncer, é acusado de receber US$ 100 mil de uma empresa sem declarar o trabalho. Trey Sunderland, do Instituto Nacional de Saúde Mental, omitiu mais de US$ 700 mil em honorários e é suspeito de compartilhar com uma empresa o material de pesquisa de sua instituição. “Há um grave problema quando o sistema cria uma ilusão de integridade, mas preserva os transgressores?, disse ao site da revista Science o parlamentar Joe Barton. O NIH recomendou que ambos fossem demitidos, mas argumenta que eles têm vínculo funcional com o Exército, a quem caberia dar o bilhete azul. “Pelo jeito, vão aposentar-se antes que as investigações terminem”, afirma Barton.
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