BAÍA DE GUANABARA VISTA DA ILHADAS COBRAS, DE FELIX ÉMILE TAUNAY
Além do esgoto residencial e industrial sem tratamento, metais pesados liberados com a fumaça de indústrias e de automóveis que escoam com as chuvas contribuem para a poluição da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Edisio Pereira e José Baptista-Neto, da Universidade Federal Fluminense, colheram amostras de partículas acumuladas nas ruas e estradas próximas à baía, um dos ambientes mais poluídos do litoral brasileiro. Encontraram altas concentrações de ferro, manganês, zinco, cobre, chumbo, cromo e níquel, em comparação com ambientes naturais (Anais da Academia Brasileira de Ciências). Além de carros e indústrias, outras fontes possíveis são incineradores e metalúrgicas. O Grande Rio, que cerca a baía, abriga cerca de 11 milhões de moradores e é a segunda região mais industrializada do Brasil, com cerca de 12 mil indústrias. A vegetação natural tem desaparecido rapidamente e a ocupação irregular se intensificado no último século nas bordas da baía, facilitando o transporte de sedimentos pelos rios.
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