Nossa galáxia, a Via Láctea, vibra como um tambor. Só que cada ondulação deve durar centenas de milhões de anos. A equipe de Leo Blitz, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, Estados Unidos, concluiu o mais detalhado mapeamento da gigantesca nuvem de hidrogênio que permeia todo o disco da Via Láctea, a galáxia elíptica achatada que abriga o Sol e pelo menos outros 200 bilhões de estrelas. Blitz constatou que essa nuvem desloca-se para além do plano da nossa galáxia, atraída pelas Nuvens de Magalhães, curvando-se como um disco empenado e fazendo a Via Láctea vibrar. Pensava-se que a massa das Nuvens de Magalhães – duas galáxias que orbitam a Via Láctea – fosse insuficiente para arrastar a nuvem de hidrogênio. Para Martin Weinberg, da Universidade de Massachusetts, o deslocamento dessa nuvem de gás é possível levando-se em conta uma enorme quantidade de matéria escura – forma ainda não detectada de matéria – envolvendo a Via Láctea.
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