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Saúde

A gênese da obesidade

EDUARDO CESAREstudos prospectivos mostram que, além da prevalência da obesidade aumentar em todos os lugares, em 2025 o Brasil será o quinto país do mundo a apresentar problemas de peso em sua população. ?A etiologia da obesidade não é de fácil identificação. Essa é uma doença multifatorial, que conta com fatores genéticos, psicológicos, metabólicos e ambientais?, aponta o artigo ?O papel dos hormônios leptina e grelina na gênese da obesidade?, escrito por Carla Eduarda Romero e Angelina Zanesco, pesquisadoras do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A obesidade pode ser classificada em dois caminhos: por determinação genética ou fatores endócrinos e metabólicos ou, então, influenciada por fatores externos, sejam eles de origem dietética, comportamental ou ambiental. “Acredita-se que os fatores externos são mais relevantes na incidência de obesidade do que os fatores genéticos”, sugerem as pesquisadoras. O estudo mostra que os adipócitos são capazes de sintetizar várias substâncias e, diferentemente do que se supunha anteriormente, eles não são apenas um sítio de armazenamento de triglicérides. “Dentre as diversas substâncias sintetizadas pelo adipócito destacam-se a adiponectina, a angiotensina e a leptina”, afirmam. A leptina é um peptídeo que desempenha importante papel na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, gerando um aumento na queima de energia e diminuindo a ingestão alimentar. “Os achados sobre a descoberta da leptina, produzida pelo adipócito, e da grelina, produzida pelo estômago, abrem novos campos de estudo para o controle da obesidade, principalmente nas áreas de nutrição e metabolismo.”

Revista de Nutrição  vol. 19, nº 1, Campinas, jan./fev. 2006

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