Allen G. Debus, um dos principais pesquisadores de história da ciência em todo o mundo, morreu no dia 6 de março, aos 82 anos, em Chicago, nos Estados Unidos, de parada cardíaca. Discípulo do também norte-americano Bernard Cohen e do alemão Walter Pagel, Debus criou e desenvolveu programas de história da ciência e da medicina na Universidade de Chicago por 35 anos (1961-1996). Químico de formação, uma de suas especialidades era a história da química e da alquimia, especialmente no século XVI. Escreveu e editou mais de 20 livros, sendo o mais conhecido deles O homem e a natureza no Renascimento (Porto Editora). Foi um dos incentivadores da criação do Centro Simão Mathias de Estudos em História da Ciência (Cesima) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e, posteriormente, seu colaborador. “Debus revolucionou a história da ciência ao defender que o nascimento da ciência moderna não dependeu exclusivamente de mudanças na cosmologia, mas em campos como a medicina e a química”, diz Ana Maria Alfonso-Goldfarb, coordenadora do Cesima. Uma de suas características era trabalhar com documentos – ele descobriu, por exemplo, vários livros esquecidos dos séculos XVI e XVII.
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