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Políticas Públicas

A política da ciência

O livro de Dagnino: processo decisório

Quem elabora e como é feita a política científica brasileira? Quase exclusivamente a própria comunidade científica, sem participação importante do Estado ou do setor empresarial ou industrial e tampouco da sociedade civil, segundo o engenheiro e economista Renato Dagnino, especialista em estudos sociais da ciência e tecnologia. No livro Ciência e tecnologia no Brasil: o processo decisório e a comunidade de pesquisa (Editora Unicamp), Dagnino, professor do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), compara a evolução do pensamento sobre a política científica e tecnológica no Brasil nas últimas décadas e conclui: são os pesquisadores – ou professores-pesquisadores – que formulam, implementam e avaliam as políticas de ciência e tecnologia ao se dedicarem à docência e à pesquisa em universidades públicas ou a atividades burocráticas em institutos públicos de pesquisa e agências dedicadas ao fomento e ao planejamento das atividades de ciência e tecnológica. Isso não ocorre só no Brasil, mas aparentemente em toda a América Latina. Nos países avançados, segundo Dagnino, o modelo é diferente e mais sofisticado.

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