Entrar num aparelho de ressonância magnética causa pânico em muitas pessoas. Agora imagine, além de estar dentro desse túnel apertado, ter uma cobra de 1,5 metro, presa a uma tábua com uma tira de velcro, a centímetros da cabeça. Como é possível controlar esse pavor foi o que a equipe liderada por Yadin Dudai, do Instituto Weizmann de Ciência em Israel, investigou com ajuda do aparelho de ressonância magnética funcional, que permite acompanhar a atividade do cérebro em tempo real. Os 16 voluntários que participaram do estudo sabiam que a cobra não era venenosa e aceitaram dominar o medo, apertando um botão que aproximava ou afastava o réptil, segundo artigo na Neuron. Os momentos de coragem se caracterizaram pela atividade do córtex cingulado anterior subgenual. Não é suficiente para rotular essa região da frente do cérebro de centro da coragem, mas os pesquisadores esperam que esse conhecimento dê pistas de como lidar com problemas como síndrome do pânico e estresse pós-traumático (Sciencenews).
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