Cientistas australianos e norte-americanos desenvolveram um tipo de arroz geneticamente modificado com altos teores de ferro e zinco. Deficiências desses dois minerais afetam milhões de pessoas em países pobres do mundo. O arroz transgênico contém quatro vezes mais ferro e duas vezes mais zinco do que o grão convencional, segundo Alex Johnson, do Australian Centre for Plant Functional Genomics. A pesquisa contou com o apoio da companhia HarvestPlus, dos Estados Unidos, focada em melhoramento genético de plantas. Os autores da descoberta advertem, no entanto, que ainda levará um tempo para que o arroz rico em ferro e zinco chegue ao mercado. Antes é preciso fazer avaliações no campo e descobrir quais serão os níveis de absorção do ferro pelo organismo humano. Outra interessante pesquisa com arroz foi feita no Egito. Nesse caso, cientistas do Egyptian National Research Centre criaram um método mais eficaz de produzir papel a partir da palha do arroz. A nova metodologia transforma mais de 65% da palha em polpa para uso na indústria de papel. As tecnologias atuais aproveitam, no máximo, 30% da palha, segundo os pesquisadores. Um estudo de viabilidade da metodologia revelou que a reciclagem de 1 milhão de toneladas de arroz por ano deverá gerar 100 mil empregos e receita da ordem de US$ 85 milhões. Também evitará a emissão de 85 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, provenientes da queima da palha. A primeira unidade industrial com a nova tecnologia deverá começar a operar no próximo mês em Noubariya, a 120 quilômetros do Cairo (SciDev, 3 de outubro).
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