Seis sismólogos italianos estão sendo investigados por homicídio, num caso relacionado ao terremoto ocorrido em L’Áquila, em 2009. Uma semana antes do abalo que matou 308 pessoas, o grupo esteve em L’Áquila e teria afirmado que, apesar dos tremores que a região já vinha sofrendo, não parecia haver o risco de um terremoto. Segundo a revista Nature, os investigados se dizem traídos pela Agência de Proteção Civil da Itália, que os convidou para a reunião e depois convocou uma entrevista coletiva relatando as conclusões. “A reunião deveria ter durado horas se a agência realmente quisesse analisar todos os dados. Em vez disso, durou uma hora e foi seguida por uma conferência de imprensa sobre a qual nós nem sequer fomos informados”, disse Enzo Boscchi, presidente do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, órgão encarregado do monitoramento sismológico do país, que encabeça a lista dos investigados.
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