O Fermilab, laboratório de física de partículas de alta energia dos Estados Unidos, ensaia uma mudança de perfil com a aposentadoria de seu acelerador gigante de partículas Tevatron. O desligamento do acelerador, em operação havia 25 anos, deve-se, em boa medida, à construção do Large Hadron Collider (LHC), que se tornou o maior acelerador de partículas e o de maior energia existente no mundo, inaugurado em 2009 perto de Genebra, na Suíça. Em 2008, um painel consultivo do Departamento de Energia norte-americano recomendou uma mudança de foco para o Fermilab: em vez de criar partículas ainda não conhecidas produzindo colisões de altas energias, deveria passar a investigar as interações raras envolvendo partículas já conhecidas. Em sua nova fase, o Fermilab já programou vários novos experimentos com neutrinos – partículas quase sem massa que interagem fracamente com a matéria comum –, seguidos por dois experimentos com múons, primos mais pesados dos elétrons. A mudança deve levar à diminuição do tamanho das colaborações de pesquisa – talvez 100 ou 200 por experiência, em vez das cerca de 600 dos tempos do Tevatron. “É uma grande mudança”, disse à revista Nature Regina Rameika, gerente de projeto de um dos experimentos de neutrinos.
Republicar