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COVID-19

Ainda é cedo para a dose de reforço

Léo Ramos Chaves

Em um artigo de opinião publicado na revista médica The Lancet, um grupo internacional de pesquisadores argumentou contra a ideia de se aplicar uma dose de reforço das vacinas contra a Covid-19 na maior parte da população, como se cogita em alguns países. Os autores defendem que a administração da dose extra seja evitada até que estudos mais robustos definam melhor a necessidade do reforço e que uma proporção maior de pessoas – em especial nos países de média e baixa renda, onde faltam vacinas – tenha recebido ao menos uma dose do imunizante. Coordenado pelos médicos Philip Krause, da agência de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA), e Ana-Maria Henao-Restrepo, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o grupo considera que a dose de reforço pode ser necessária para pessoas com o sistema imune debilitado ou que receberam vacinas de baixa eficácia – e até para o restante da população, caso a proteção da imunização inicial caia muito ou surjam variantes que escapem às vacinas. “As evidências atuais não parecem indicar a necessidade de uma dose de reforço para a população geral”, escrevem os autores (The Lancet, 13 de setembro).

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