Grandes expoentes da nanotecnologia, os nanotubos de carbono mostraram-se capazes de concentrar 100 vezes mais energia captada dos raios do Sol em relação aos tradicionais painéis solares. Ao juntar 30 milhões desses tubos compostos por folhas de átomos de carbono, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, formaram antenas que concentram a energia solar em pequenos espaços. A equipe, liderada pelo professor Michael Strano, decreveu a novidade na revista Nature Materials (12 de setembro). Entre os pesquisadores que assinam o texto está o brasileiro Cristiano Leite Fantini, professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Fiz meu pós-doutorado com o professor Strano entre 2006 e 2007. Eu e o coreano Jae-Hee, que também fazia pós-doc e assina o texto, começamos a trabalhar com a ideia de feixe de nanotubos. Depois escolhemos um tipo de nanotubo semicondutor com a mesma simetria. Eles são capazes de absorver luz e fazer a transição eletrônica para a geração de eletricidade”, diz Fantini. Ele explica que, ao juntar os vários nanotubos formando uma antena de 10 micrômetros, é possível ver o dispositivo num microscópio óptico, sistema impensável para nanotubos isolados. Fantini diz que ainda está longe a implementação comercial das antenas. Se tudo der certo, os grande painéis solares instalados no telhado de casas que possuem esse tipo de energia poderão ser trocados por pequenos artefatos semelhantes a luminárias de jardim.
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