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Estratégias

As cores do milho xavante

A entrega simbólica de 55 quilos de sementes de milho à aldeia indígena de Nossa Senhora de Guadalupe, no Mato Grosso, vai ajudar a restabelecer um aspecto da cultura dos 10 mil índios xavantes. As sementes pertencem a cinco espécies coloridas e selvagens que os xavantes plantavam antigamente, mas que acabaram perdidas, substituídas por outras mais produtivas. Nos anos 1970, amostras das sementes selvagens haviam sido recolhidas pela Embrapa e guardadas num banco de germoplasma em Minas Gerais.

A pedido da Funai, essas amostras foram reproduzidas e, agora, entregues aos índios. Entre as espécies, há grãos pretos, roxos, brancos, amarelos e listrados. “Os mais jovens da tribo ouviam falar do milho colorido e tinham curiosidade em conhecê-lo”, diz Ramiro Vilela de Andrade, pesquisador da Embrapa. Outros 265 quilos de sementes foram enviados a cem aldeias xavantes. Além dos xavantes, os índios bororos, do Mato Grosso, e os maxacalis, de Minas Gerais, vão retomar contato com seus cultivos primitivos de milho.

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