O médico neurofisiologista Armando Freitas da Rocha desenvolveu, no âmbito do PIPE, uma idéia de grande utilidade para a Educação Especial. A empresa da qual também faz parte – Eina, Estudos em Inteligência Natural e Artificial – criou um software para ensino e avaliação de crianças portadoras de deficiência mental que já está sendo utilizado por várias APAEs (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) do Interior do Estado. O sistema traz uma série de jogos programáveis que permitem, nos diferentes momentos da aprendizagem (pré-escola e níveis 1, 2, 3 e 4) e com a orientação de um pedagogo ou psicólogo, complementar as atividades propostas pelo professor em sala de aula.
Aprovado para a segunda fase do PIPE, o projeto receberá R$ 131.992,00 para aperfeiçoar as possibilidades de diagnóstico das diferentes patologias apresentadas pelas crianças. “Ao mesmo tempo em que os alunos ‘brincam’ com os jogos educativos do ENSCER – nome do sistema desenvolvido para apoio ao ensino – o profissional de saúde poderá realizar exames clínicos para identificar lesões e redefinir parâmetros do programa educacional de maneira mais individualizada”, afirma o pesquisador Freitas da Rocha, que também é professor-visitante do Departamento de Informática Médica da Faculdade de Medicina da USP.
“Nossa meta é refinar ainda mais o sistema, enfatizando componentes verbais, visuais, auditivos e de somestesia e motricidade para permitir que dificuldades nessas áreas não representem obstáculos ao aprendizado dos conteúdos curriculares”, conclui.
Além de trabalhar na atualização permanente do ENSCER, o coordenador do projeto tem outros planos para o futuro próximo. Animado com os resultados positivos que apresentou recentemente em dois congressos, ele acredita que será possível implantar, a médio prazo, o ensino a distância para portadores de deficiência através da Internet.
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