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Tecnociência

Baixa fertilidade, cérebros potentes

Até onde se sabe, as mulheres são as únicas fêmeas que sofrem de pré-eclâmpsia – pressão alta na gravidez. Um estudo do neonatologista Pierre-Yves Robillard, do Sud Réunion Hospital, na Ilha Reunião, constatou que as mulheres que levam um ano para engravidar têm 35% menos chances de desenvolver pré-eclâmpsia do que as que engravidam com menos de quatro meses de relacionamento (NewScientist, 23 de novembro). Segundo Robillard, o contato prolongado com o sêmen do pai ajuda a adapatar o sistema imunológico da mulher.

É que, na espécie humana, o feto penetraria muito mais fundo no útero materno, de modo a receber mais nutrientes, por causa do processo de formação do cérebro, que demanda três vezes mais energia do que em outros mamíferos. O avanço mais endógeno do feto obrigaria o sistema imunológico da mãe a atacar a placenta, para combater os genes invasores do pai nela contidos. Nesse processo, a placenta liberaria toxinas que, ao entrar na circulação da gestante, causariam pressão alta. Não seria outra a razão da baixa fertilidade das mulheres comparada à de outras fêmeas, que, geralmente, engravidam na primeira relação sexual.

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