laurabeatrizRepresentantes de indústrias farmacêuticas foram proibidos de dar palestras no congresso da Associação Médica Americana, programado para o final do ano em Chicago. O veto partiu do Conselho de Credenciamento para a Educação Médica Continuada, órgão do sistema de saúde norte-americano, com o argumento de que ações de marketing das indústrias de medicamentos não podem ter como alvo eventos de educação médica. Francis Collins, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), criticou a medida, alegando que ela prejudica os esforços para incentivar a pesquisa no setor privado. Já James Stein, professor de cardiologia da Universidade de Wisconsin, acha que a proibição chega com atraso. “Essas palestras, em geral, servem para gerar expectativas na comunidade médica com drogas que ainda não receberam aprovação”, disse, segundo a agência McClatchy-Tribune. “A proibição deveria atingir inclusive médicos que trabalham como consultores das indústrias.” Para Adriane Fugh-Berman, médica da Universidade Georgetown, a proibição atende a critérios técnicos. “Funcionários de indústrias farmacêuticas não são interlocutores habilitados para eventos de educação médica”, afirmou.
Republicar