As locomotivas da Companhia Vale do Rio Doce que rodam nas estradas de ferro Carajás (EFC) de Vitória a Minas (EFVM) estão sendo abastecidas com uma mistura de 20% de biodiesel e 80% de diesel chamada B20, produzida pela Petrobras. Com a medida, aliada ao uso do B2, mistura de 2% de biodiesel ao diesel, utilizada desde janeiro em locomotivas e na geração elétrica, mais de 224 mil toneladas de gás carbônico (CO2) deixarão de ser lançadas na atmosfera até dezembro deste ano. Esse volume é igual à emissão anual de CO2 de uma cidade com 27 mil habitantes. A utilização do B20 foi respaldada por estudos do professor Marcos Freitas, coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante um ano os pesquisadores acompanharam o desempenho de duas locomotivas que percorreram 119 mil quilômetros. Uma delas usou diesel comum e a outra o B20. A conclusão é que a substituição de um quinto do diesel pelo biodiesel, associada à plantação de cerca de 30 mil hectares de espécies oleaginosas como o dendê, possibilitará a redução total de emissão em torno de 800 mil a 1,1 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera.
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