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Tecnociência

Biopolímero na usina

Se depender de uma pequena empresa cearense, a produção de álcool combustível poderá ganhar uma inusitada matéria-prima. É a quitosana, um biopolímero extraído de rejeitos da indústria pesqueira como carapaças de caranguejo, cabeça de camarão e casca de lagosta, usados, depois de processados, para compor cosméticos e suplementos alimentares. “Estamos utilizando a quitosana, em forma de microesferas, para fixar e imobilizar a levedura usada na produção de etanol”, diz Alexandre Craveiro, diretor da Polymar, empresa instalada em Fortaleza. São várias as vantagens do uso desse biopolímero no processo de fermentação do etanol, segundo Craveiro, como a eliminação da etapa de centrifugação e também da toxicidade que mata a levedura no processo tradicional, tornando a produção de etanol mais barata. Em testes laboratoriais, a quitosana proporcionou um aumento na produção de álcool de 5 a 7%. Para desenvolver a nova tecnologia no nível industrial, a empresa vai receber R$ 1,4 milhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O projeto será realizado em parceria com o Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec) da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde a empresa nasceu e ficou incubada de 1997 a 2000.

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