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Descoberta

Brasil faz o maior achado da ornitologia em 140 anos

Desde 1871, não se apresenta, de uma só vez, numa única obra, um grupo tão numeroso de novas aves brasileiras | 7'59"

A apresentação de 15 novas espécies de aves da Amazônia brasileira é maior descoberta, em termos quantitativos, da ornitologia nacional desde o século XIX. De 1871 para cá não se apresenta ao mundo, de uma só vez, numa única obra, um conjunto tão numeroso de novos pássaros brasileiros. Os animais foram formalmente descritos pela primeira vez numa série de artigos científicos publicados em julho num volume especial do Handbook of the birds of the world, da espanhola Lynx Edicions.

O primeiro passo foi levantar quais as áreas da floresta seriam as mais promissoras em abrigar novas espécies. “Desde 1999, eu tenho trabalhado na região entre os rios Madeira e Tapajós, porque essa parte da Amazônia Central, por mais difícil que possa se imaginar, é uma área muito pouco conhecida”, comenta o ornitólogo Bret Whitney, pesquisador do Museu de Ciência Natural da Universidade Estadual da Louisiana e principal coordenador da empreitada.

Para a identificação de novos animais, de acordo com os pesquisadores, o trabalho de observação em campo é essencial porque ele abre caminho para outras análises. “Temos incluído em nossas análises as comparações vocais. A gente sabe que as aves se comunicam através dos cantos, então diferenças também sugerem que são espécies distintas”, explica Luís Fábio Silveira, curador do setor de ornitologia do Museu de Zoologia da USP, um dos coordenadores da iniciativa.

Saiba mais sobre o tema lendo a reportagem Novas aves da Amazônia, publicada na edição de maio da revista Pesquisa FAPESP.

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