O calor gerado pelo quase imperceptível movimento das placas tectônicas durante a formação de cadeias de montanhas como os Himalaias, ao longo de milhões de anos, já é o bastante para fazer a crosta – a camada mais superficial da Terra – começar a fundir-se, concluíram geólogos das universidades de Missouri e de Washington, nos Estados Unidos, por meio de uma técnica baseada no uso de raios laser para determinar o tempo que diferentes amostras de rochas levam para se aquecer. Quanto mais quentes ficam, as rochas da crosta se tornam melhores isolantes e piores condutores de calor. Essas descobertas, publicadas na edição de 19 de março da revista Nature, ajudam a entender a formação do magma e as colisões continentais e a formação de montanhas. A maior parte da crosta derretida vinha de intrusões de magma basáltico quente do manto, uma camada mais profunda. Os geólogos não entendiam por que não encontravam magma basáltico na crosta continental, mas agora sabem: a crosta derrete mais facilmente do que se pensava.
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