Comuns no litoral norte paulista, os camarões Hippolyte obliquimanus têm uma propriedade curiosa: se disfarçam. O biólogo Rafael Duarte documentou e quantificou a cor dominante do hábitat e dos animais por meio de fotografia digital e verificou que em poucos dias os camarões-vermelhos (à esq. na foto do alto) e castanhos (embaixo, à esq.) mudam sua cor de acordo com a coloração do banco de algas no qual estão (BMC Evolutionary Biology, 18 de outubro), uma estratégia de camuflagem. Os espécimes transparentes rajados (à dir. no alto e embaixo) do camarão-carnavalesco, como ficou apelidado, não parecem ser tão afeitos a fantasias: não mudaram de cor nos cinco dias de duração dos experimentos feitos no Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (CEBIMar-USP).
Imagens enviadas por Rafael Duarte, estudante de doutorado no campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
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