Em cartas trocadas com seus colegas no início do século XX, o médico paulista Emílio Ribas (1862-1925) expôs suas hipóteses sobre a transmissão da febre amarela e relatou as dificuldades para combater as doenças de sua época – entre elas, a varíola e a hanseníase – como diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo. São 55 cartas, resumidas na versão on-line do recém-lançado Inventário do Fundo Emílio Marcondes Ribas, do Museu de Saúde Pública Emílio Ribas (Musper), ligado ao Instituto Butantan. Organizado por Augusto Silva Lima Gomes dos Santos e Maria Talib Assad, o inventário contém fotos dele e da família entre 1887 e 1910, documentos pessoais e referências a publicações produzidas por Ribas – como o trabalho de conclusão de curso que apresentou em 1887 na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, intitulado “Morte iminente dos recém-nascidos; tratamento” – ou após sua morte. A consulta ao acervo pode ser feita via agendamento. O Musper guarda também 32 objetos pessoais, como óculos, microscópio, caneta de pena e móveis que pertenceram ao médico que Vital Brazil (1865-1950), em 1936, chamou de “homem de ação”.
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