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BIOLOGIA

Cheiro semelhante ajuda a sobreviver

Antonia Faleiros / Wikimedia CommonsCupinzeiro: espécies diferentes no mesmo ninhoAntonia Faleiros / Wikimedia Commons

Em um cupinzeiro, não vivem só cupins de uma única espécie, mas os de espécies diferentes têm de encontrar artifícios para sobreviver ali dentro. Biólogos das universidades federais de Sergipe (UFS) e Rural de Pernambuco (UFRPE) verificaram que ter um odor semelhante é um requisito para os intrusos evitarem as brigas. Os pesquisadores coletaram 21 ninhos de Constrictotermes sp. coabitando com outra espécie, Inquilinitermes microcerus, de dois municípios de Sergipe, e levados para a UFS. Pareados, hospedeiros e inquilinos de ninhos próximos e distantes mostram comportamentos distintos. Constrictotermes sp. brigaram apenas com os cupins da mesma espécie de ninhos diferentes, mas não com os inquilinos, ainda que não fossem do mesmo ninho. I. microcerus não apresentaram agressividade em nenhuma situação. Em seguida, o exame do conteúdo intestinal levou à conclusão de que o fato de os inquilinos se alimentarem de fezes do hospedeiro facilita a aquisição de odores semelhantes entre os habitantes da mesma colônia. Os inquilinos também evitam a morte se mantendo em cantos pouco frequentados do ninho (Research Square, preprint, 26 de junho).

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