O Chile está investindo pesado no desenvolvimento do seu Programa de Genômica, iniciado em 2001. Quatro projetos considerados chave (três de fruticultura e um de mineração) contam com um total de US$ 11,3 milhões, mais do que a soma dos recursos destinados aos 360 projetos apoiados pelo Fondo Nacional de Desarrollo Científico e Tecnológico. Os projetos contam com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, de quatro universidades, da Fundación Ciencia para la Vida e da empresa Nippon Minning, do Japão. “O desenvolvimento da genômica exige grandes investimentos”, justificou ao jornal El Mercúrio, de Santiago do Chile, a bioquímica Jenny Blammey, coordenadora do projeto. Nos diversos laboratórios montados no âmbito do projeto estão sendo seqüenciados os genes da nectarina com o objetivo de identificar a causa da arenosidade de algumas frutas.
Também se investiga a uva, para identificar genes que se expressam quando a fruta é atacada por um vírus ou bactéria e que baixam a qualidade do produto. Os pesquisadores querem, ainda, saber qual o gene responsável pela ausência de sementes na sultanita, uma uva de mesa muito apreciada, com a intenção de criar outras frutas com características semelhantes. Na área da mineração, o Consórcio BioSigma, formado pela Codelco Chile e Nippon Minning, estuda as bactérias com potencial para tornar solúveis alguns minerais, como o cobre, por exemplo, de forma a evitar o uso de produtos químicos no processo de separação do minério da rocha.
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