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Mundo

Cidades interferem no clima e no tempo

Os loteamentos e a construção de prédios e de estacionamentos alteram dramaticamente a rugosidade da superfície, o fluxo de calor e de água, a reflexão de luz e a cobertura vegetal das cidades, de modo mais intenso em metrópoles como São Paulo, Nova York, Paris ou Tóquio, com impactos sobre o clima. Ainda que a interferência das cidades não seja considerada na maioria dos modelos de previsão de clima, edifícios como o Empire State Building, em Nova York, podem alterar a qualidade do ar, a temperatura, a distribuição de nuvens e os padrões de chuva, de acordo com um estudo publicado no Bulletin of the American Meteorological Society. “Para qualquer pessoa”, comentou Marshall Shepherd, pesquisador da Nasa e um dos autores desse estudo, “é importante saber que a urbanização afeta coisas com que todos nos preocupamos, como a quantidade e a freqüência de chuvas e quão fria ou quente a temperatura da rua pode ser”. As mudanças atmosféricas próximas às cidades já podem ser registradas por satélites da própria Nasa, como o Aqua, Landsat e o Terra. Atualmente, as áreas urbanas cobrem somente 0,2% da superfície terrestre, mas abrigam aproximadamente a metade da população mundial.

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